terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Com a Vilariça aos pés 
(continuação)

Santa Comba da Vilariça ainda não padece do problema da desertificação

Ao contrário de outras freguesias do Nordeste Transmontano, Santa Comba da Vilariça tem conseguido escapar ao mal da desertificação. Com quase 500 habitantes, a aldeia dispõe de restaurantes, posto de Correios, pequenas lojas de artesanato, padaria, talhos, bomba de gasolina e modernos lagares de azeite, entre outros equipamentos. "É uma aldeia bem estruturada e com condições para enfrentar o futuro, pelo que ainda não se ressente muito com a desertificação", sublinhou o pároco local, José Rodrigues.
Uma das últimas apostas para criar emprego e promover a fixação de jovens, foi a criação de uma zona industrial na freguesia. "O objetivo é levar à instalação de novas empresas. Penso que reúne todas as condições para ser um sucesso, sendo que já há algumas pessoas interessadas em avançar com novos empreendimentos, o que é muito positivo para a região", acrescentou o sacerdote.
Famosa pelos seus produtos de elevada qualidade, a freguesia goza de privilegiada posição do Vale da Vilariça, onde o azeite, vinho, cortiça e diversas frutas, como citrinos, pêssegos, melões, melancias, são produzidos com características únicas e especiais, contrariando o clima agreste e frio do Nordeste Transmontano."As pessoas ainda retiram bastantes lucros da produção frutícola e hortícola, pois são de boa qualidade e muito procurados", realçou José Rodrigues.

O respetivo artigo, dispõe ainda dos testemunhos (acompanhados de fotografias) de duas conterrâneas:

Idalina Augusta: "Nasci aqui em Santa Comba e vivi em França, mas regressei porque gostava da minha terra. Já foi uma boa aldeia, mas agora não tem ninguém. Antes vinha muita gente para cá trabalhar, pois as grandes casas davam muito trabalho e agora não valem nada".
Angelina Brás: "Vim de Luanda porque casei cá. Custou muito a habituar-me. A minha família ficou toda aqui em Santa Comba. Temos posto de Correios  bons transportes e facilidades para irmos ao médico".

in, JORNAL DO NORDESTE, 4 de março de 2008 - Texto de SANDRA CANTEIRO

Nota: Recorte do referido jornal gentilmente oferecido pelo Sr. Alexandre.

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